Você precisa concordar comigo em uma coisa: para um melhor desempenho, aumento de eficiência e produtividade, custo de produção dentro da estrutura de planejamento e crescimento da qualidade dos processos, é fundamental realizar de maneira efetiva a manutenção do maquinário industrial.

É certo que a evolução da indústria mundial e brasileira passa pelo processo de transformação digital e, principalmente, pelo desenvolvimento da Manutenção Industrial.

Falar de manutenção é investir em crescimento sustentável.

E uma das ferramentas que mais tem contribuído com a Manutenção Industrial é a Manufatura aditiva, conceito que tem origem no Japão, pelo Instituto de Pesquisas de Nagoya em 1981, pelo pesquisador Hideo Kodama. 

Hideo teve a ideia de produzir uma impressão tridimensional, inspirado pela tecnologia de polímero fotoendurecido. Mas a ideia de Kodama só se tornou realidade após 12 anos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) quando foi desenvolvido o primeiro processo com uma impressora jato de tinta.

Mas a partir desse desenvolvimento, um grande leque de oportunidades foram geradas para melhor aproveitamento e utilização assertiva. 

Mas, o que é a Manufatura Aditiva?

Ao abordar sobre a Manufatura Aditiva, é importante deixar claro que, por mais que esse conceito seja sempre associado à impressão 3D, não se trata apenas disso.

Manufatura aditiva é um método de produção que permite o desenvolvimento de produtos em um curto espaço de tempo, sem depender de moldes. É uma tecnologia que tem revolucionado a indústria, pois gera, de maneira eficiente, economia e rapidez.

A quantidade e diversidade de empresas que já aderiram esse processo é impressionante. São vários setores como, por exemplo, aeroespacial, medicina, odontologia, setor de óleo e gás, alimentos, setor automotivo, dentre tantos outros. 

A principal vantagem competitiva é a agilidade e flexibilidade na produção de peças, tornando o processo mais eficiente, o que gera um impacto positivo em toda a cadeia produtiva, ajudando a dar velocidade, auxiliando no cumprimento dos prazos e na logística e, principalmente, nos custos.

Essa modalidade permite que os processos de manufatura aditiva sejam direcionados a qualquer lugar do planeta de maneira mais barata que o modelo tradicional, simplificando o processo produtivo e com menos desperdício.

Outro ponto extremamente positivo é o fato de ser ecologicamente sustentável, pois seu impacto ambiental na produção de gases pode chegar a até 95% menos, seu consumo de matéria prima diminui em até 90% e o gasto de energia reduz drasticamente. 

Sendo assim, a Manufatura Aditiva irá agregar valor na indústria com:

  • Redução de custos
  • Velocidade e versatilidade
  • Protótipos detalhados
  • Agilidade de produção
  • Personalização
  • Liberdade de design 
  • Sustentabilidade

Percebemos que a manufatura aditiva ainda tem muito o que acrescentar para sua indústria e tecnologia.

As tecnologias de Manufatura Aditiva

O mercado hoje oferece várias opções com diferentes tecnologias quando o assunto é impressão 3D. Separamos as principais tecnologias utilizadas atualmente:

  • Estereolitografia (SLA) – A tecnologia SLA utiliza resina como insumo e faz a solidificação seletiva desta resina através de um feixe de laser ultravioleta (UV). O processo é feito camada após camada, até formar o objeto final, de acordo com o projeto.
  • Modelagem por Fusão e Deposição (FDM ou FFF) – FDM (Fused Deposition Modeling), ou também chamada de  FFF (Fused Filament Fabrication), tornou-se a mais popular e a mais acessível das tecnologias de impressora 3D. A FDM funciona de maneira simples, ao extrusar um filamento plástico derretido, acrescentando camada sob camada, em alta precisão, até formar o objeto final.
  • Sinterização Seletiva a Laser (SLS) – A tecnologia SLS trabalha com insumo em forma de pó (que pode ser de polímero ou de outros materiais). A SLS utiliza um feixe de laser de alta potência para sinterizar o pó seletivamente, aglutinando as camadas do material, para formar o objeto desejado. Essa tecnologia tem o diferencial de não exigir estruturas de suporte, como as demais. Contudo, costuma ser a mais cara entre as três.

Essas são as três tecnologias mais difundidas atualmente e representam aproximadamente 94% do mercado de manufatura aditiva.

Mercado de Manufatura aditiva na Indústria 4.0

A Indústria 4.0 tem como principal característica a criação de produtos e soluções inovadoras. E ao falar sobre isso, entendemos que a manufatura aditiva trata exatamente desse ponto da história da indústria que vivemos atualmente.

Esse mercado, acompanhando exatamente a tendência global, propõe uma manufatura descentralizada, onde  startups utilizam dessa tecnologia e outras ferramentas para fabricar seus próprios produtos e competir diretamente com grandes empresas.

Mas também é nítido que esse mercado de manufatura está apenas no início e já com resultados significativos que transformaram a indústria em todo o mundo.

Confira a lista das maiores empresas de impressão 3D do mundo e seus valores (em Dólares americanos) – março 2022

  1. 3D Systems – $2.2B (NASDAQ: DDD)
  2. Xometry Inc. – $2.17B (NASDAQ: XMTR)
  3. Stratasys Ltd. – $1.55B (NASDAQ: SSYS)
  4. Protolabs – $1.51B (NASDAQ: PRLB)
  5. Velo3D Inc. – $1.47B (NYSE: VLD)
  6. Desktop Metal Inc. – $1.27B (NYSE: DM)
  7. Materialise N.V. ADR – $1.17B (NASDAQ: MTLS)
  8. Nano Dimension – $890M (NASDAQ: NNDM)
  9. Markforged Holding Corp. – $691.37M (NYSE: MKFG)
  10. Shapeways Holdings Inc. -: $155.51M (NYSE: SHPW)

Fonte: printit3d

Revolucione a manutenção industrial

A transformação digital acelera, de maneira disruptiva, todos os conceitos básicos que por muito tempo dominaram os cenários industriais. O novo mercado passa essencialmente por uma mudança de mentalidade por parte das empresas.

Ter acesso a Manufatura Aditiva ou até mesmo Software de Gestão de Ativos de Manutenção é uma necessidade que vem para somar e transformar a realidade da produtividade e assertividade das indústrias.

E não para por aí, a revolução causada pela Indústria 4.0  ainda tem muito espaço para evoluir no cenário industrial brasileiro.

 

 

Leave a Reply